11/01/17

Opinião: "A Rapariga Que Roubava Livros" de Markus Zusak


"Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A Rapariga Que Roubava Livros, vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma função muito activa na recolha de almas vítimas do conflito. E é por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adopção, que já tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando o roubou, ainda não sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um perfeito intérprete de acordeão que passará a saber percorrer o caminho das letras, exorcizando fantasmas do passado. Ao longo dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre utilizar um registo pouco sentimental embora humano e poético, atraindo a atenção de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada palavra. Um livro soberbo que prima pela originalidade e que nos devolve um outro olhar sobre os dias da guerra no coração da Alemanha e acima de tudo pelo amor à literatura."

Wook.pt - A Rapariga que Roubava Livros

Bom dia a todos! Hoje trago-vos a opinião do primeiro livro que li em 2017

Eu já antes tinha lido A Rapariga Que Roubava Livros, por isso não foi uma estreia, mas gostei de o reler, especialmente tendo em conta o período em que se passa: a Segunda Guerra Mundial. Para aqueles que já me seguem há algum tempo, eu estive no verão um mês na Alemanha, e um dos temas que mais abordámos durante a viagem foi a Segunda Guerra Mundial e as consequências que esta trouxe.

Um dos aspetos positivos deste livro é o facto de mostrar muito bem a vida alemã durante esta guerra. E aqui não falo dos alemães ricos, os quais passaram pela guerra pouco ou nada afetados. Falo daqueles alemães pobres que tiveram de fazer tudo para sobreviver, aqueles que não quiseram "dar" os filhos ao Führer e que foram castigados por isso.

Este livro lê-se muito facilmente; é uma leitura leve, apesar do tema. As personagens são cómicas e realistas, demonstrando os verdadeiros sentimentos que as pessoas viviam na Alemanha nazi.

Gostei muito do narrador: a Morte, que faz vários elogios aos humanos, ao mesmo tempo que critica muitos dos nossos comportamentos. A mim, a Morte pareceu-me quase uma criança, com toda a sua típica inocência (apesar de tudo o que a imagem da Morte representa), sem entender o porquê do comportamento humano

Apesar de ter gostado do livro, não posso dizer que o tenha adorado. Tenho de admitir que, se não tivesse sido obrigada a lê-lo para a escola, o mais provável era que não o tivesse relido no momento em que o fiz. No entanto, não posso deixar de concordar que esta é uma boa leitura. Simplesmente, não foi um livro que me tenha deixado presa à história de maneira a sentir aquela necessidade de não parar de ler.

Classificação: 4/5

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