01/05/17

Opinião: "Gravar as Marcas" de Veronica Roth

"CYRA é a irmã do tirano cruel que governa o povo de Shotet. O dom-corrente de Cyra confere-lhe dor e poder, que o irmão explora, usando-a para torturar os seus inimigos. Mas Cyra é muito mais do que uma arma nas mãos do irmão; é resistente, veloz e mais inteligente do que ele pensa.

AKOS é filho de um agricultor e do oráculo de Thuvhe, a nação-planeta mais gelada. Protegido por um dom-corrente invulgar, Akos possui um espírito generoso e a lealdade que dedica à família é infinita. Após a captura de Akos e do irmão, por soldados Shotet inimigos, Akos tenta desesperadamente libertar o irmão, com vida, custe o que custar. Então, Akos é empurrado para o mundo de Cyra, onde a inimizade entre ambas as nações e famílias aparenta ser incontornável. Ajudar-se-ão mutuamente a sobreviver ou optarão por se destruir um ao outro?"

Olá a todos e bom feriado!! Aproveitaram para pôr a leitura em dia?? Eu hoje nem li muito, mas, sem dúvida, que aproveitei no fim de semana e consegui finalmente terminar um livro que começara dia 10 de abril (apesar de ter lido outros livros pelo meio).

Então, o livro de hoje é o mais recente livro da Veronica Roth, Gravar as Marcas, publicado por cá pela HarperCollins. Primeiro que tudo tenho de agradecer à editora por me ter fornecido este livro. Ao contrário de muitos outros, adorei a trilogia Divergente e o livro de contos Quatro, por isso tenho de admitir que estava bastante curiosa com este novo livro da autora, apesar de ser um pouco diferente dos anteriores.

Tenho de admitir que algo de que me apercebi ao ler este livro foi de que já gostei mais de ficção científica. Até há uns anos atrás tudo o que eu lia enquadrava-se neste género, mas ultimamente tenho-me focado mais noutros (nomeadamente policias e young adult) e sinto que já houve muito melhor ficção científica do que há hoje.

Agora, centrando-nos no livro em si: uma das coisas que me chamou logo a atenção foi o tamanho dos capítulos. Já num outro post tinha referido isto, e a verdade é que não gosto nada de livro com capítulo longos e os capítulos em Gravar as Marcas enquadram-se, sem dúvida, neste género. Para além de tornarem a leitura cansativa, não ajudam nada ao leitor tendo em conta a complexidade do mundo a que somos apresentados.

E esse é outro problema deste livro. Não tenho dúvidas de que a autora criou um novo mundo de forma exemplar, mas o problema é a complexidade deste. Nomes estranhos, quer das personagens quer dos próprios planetas, termos de que nunca tínhamos ouvido falar e ideias totalmente novas tonaram muito difícil "entrar" na história. Um ponto positivo, no entanto, é o glossário nas últimas páginas do livro que é uma ferramenta muito útil quando começamos a leitura (e mesmo quando já vamos a meio)!

Posso afirmar que apenas me comecei a sentir interessada na história, ou, pelo menos, cativada por esta, quando começou a parte 3 (sendo que o livro está dividido em quatro partes). E posso, sem vergonha, admitir que foi por a relação entre Akos e Cyra se estar finalmente a começar a desenvolver, do que propriamente por outra coisa.

Gostei bastante das personagens de Akos e Cyra (especialmente de Cyra). Ao início, ficamos com uma ideia dela que ao longo da narrativa vem lentamente a ser destruída e, ao mesmo tempo que Akos, vamos também nos apaixonando por ela.7

Agora que terminei este livro, e após ter lido tantas opiniões contraditórias, posso vos dizer que, apesar de todos os pontos negativos, estou bastante curiosa para o próximo livro (que deve ser publicado em 2018)! Não tanto por estar interessada em saber como termina esta guerra entre Tuvhe e Shotet, mas por querer saber mais da relação de Akos e Cyra (chamem-me romântica...). Para além disso, após termos lido o primeiro livro, decerto que se torna mais fácil "entrarmos" neste mundo.

Classificação: 3,5/5


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