23/08/17

Opinião: "Diz-lhe que Não" de Helena Magalhães

"«Conheço muitas mulheres que escolhem ficar em relações de merda porque é muito mais fácil viver assim do que enfrentar o mundo sozinhas. Do que terem de continuar a procurar. Talvez essas relações só sejam de merda aos meus olhos. Talvez, para elas, sejam exactamente aquilo que procuram. Mas eu não nasci para isso. Nasci para amar (e ser amada) profundamente. Vou continuar a procurar, mesmo que continue a cair de cabeça no chão. Vou sempre dizer sim ao amor. Às borboletas no estômago. Às pernas a tremer. Quero viver todas as sensações que o amor me puder oferecer. 

E nunca, nunca, nunca me vou contentar com menos do que isso. Neste livro cada Capítulo corresponde a uma história. Poderia dizer-vos que são ficcionais, mas não são. Se são 100% reais? Também não. Porque, por vezes, fantasiar um pouquinho aquilo que vivemos torna-nos mais felizes.» Helena acredita no amor, apesar das relações fast-food que muitas vezes sente na pele. 

Enquanto homens como o Sem Cojones, o Flash, o Velho, o Poeta ou o Telecomunicações vão passando pela sua vida sem deixar nada para contar a não ser histórias caricatas e, por vezes, inverosímeis, Helena continua à procura sem se deixar cair na tentação de se acomodar. Ao seu lado as suas amigas Beatriz, Olívia e Laura também vivem relações marcadas pela traição ou pelo abandono, mas sempre com a ideia de que um dia o «Mr. Right» vai aparecer. A jornalista Helena Magalhães, num registo irónico e actual, apresenta-nos um livro que nos faz reflectir sobre as relações amorosas nos dias de hoje em que as redes sociais marcam o ritmo e as juras de amor são feitas por Whatsapp, os «amo-te» vêm em forma de fotografia pelo Instagram ou que os ex-namorados e as ex-namoradas dos ex-namorados convivem alegremente no Facebook, assistindo à nossa vida como se de uma novela se tratasse. 

Porque o amor é mais do que isto e há que dizer «não» até que a vida nos dê a entender que chegou o momento de dizer «sim». Um «sim» apaixonado, confiante e absoluto."


Wook.pt - Diz-lhe que Não
Boa tarde, livrólicos!!

A opinião de hoje já era para ter sido publicada há alguns dias, mas tenho de admitir que tenho andado com vontade de não fazer nenhum, pelo que só hoje me obriguei a vir aqui escrevê-la. 

Então, a minha última leitura foi o livro Diz-lhe que Não da jornalista Helena Magalhães (do blogue The Styland). Eu apenas fiquei a saber da existência deste livro depois de ter começado a seguir a autora no Instagram; fiquei a saber que a Helena tinha escrito um livro e que toda a gente andava a falar muito bem dele e então não resisti a comprá-lo!

E a verdade é que este livro não poderia ser melhor! Mal o comecei a ler fiquei logo encantada. Cada capítulo corresponde a uma história e, apesar de serem capítulos curtos (Yuppii!!), nada fica por dizer.

Tenho, desde já, de admitir que não tenho muita experiência nisto dos namoros (para ser sincera, apenas namorei duas vezes e foi com o mesmo rapaz e no infantário e no quarto ano), mas consigo perfeitamente identificar as situações que acontecem às personagens do livro com situações que se passaram com amigas minhas ou que me contaram

São história que nos fazem rir, que nos fazem chorar, mas que, acima de tudo, nos fazem querer optar por uma via onde "o amor é outra coisa" e não nos temos de sujeitar a algo que está mal, só porque temos medo de estar sozinhas.

Para além de uma excelente leitura para qualquer altura do ano (e rápida), Diz-lhe Que Não é um livro que nos mostra que as más relações acontecem a todos e que podemos sempre dar a volta por cima (e com uma boa dose de riso e de dicas pelo meio)!

Por fim, quero agradecer à Helena por ter escrito este livro. Não é qualquer uma que tem a coragem de divulgar os seus amores e desamores ao público, mas ela fê-lo num livro que, posso desde já garantir, se tornou num dos meus favoritos de sempre!

Classificação: 5/5

2 comentários:

Bárbara Ferreira disse...

Li este livro pouco depois de ter saído (tenho review e tudo)! Gabo sim a coragem de se expor a esse ponto; tenho namorado há mais de três anos e também não me consigo identificar, mas, tal como tu, percebo as situações. O que me confunde no livro, e muito, é o facto de a Helena, que se assume como feminista, fazer imensos juízos de valor quanto a outras mulheres e as suas roupas e escolhas (lembro-me perfeitamente da expressão "vadias de mini-saia") :/ o livro é engraçado, e achei engraçado como, mesmo quando uma pessoa tem noção do que quer, se acaba por sujeitar àquilo que defende como errado (Tinder, etc), mas aqueles julgamentos deixaram-me com um amargo...

Diana Dias disse...

Fiquei com muita curiosidade mesmo!!
Diana Dias

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