Opinião: "A Mulher Desaparecida" de Sara Blædel

"Num bairro familiar e acolhedor nos arredores de Londres, uma mulher foi alvo de um violento assassínio. Um tiro certeiro de uma caçadeira atravessou a janela da cozinha, onde ela se encontrava com o marido e a filha. A morte foi imediata.

Ao iniciar a investigação, a polícia local descobre que a mulher, de nome Sophie Parker, se tratava na verdade de uma cidadã dinamarquesa que se encontrava desaparecida há 18 anos. Louise Rick, chefe do Departamento de Pessoas Desaparecidas, fica responsável pelo caso. É então que novas e surpreendentes revelações desvendam que fora Eik, seu colega e amante, quem declarara o desaparecimento de Sophie.

Assim que é informado da morte de Sophie, Eik desaparece misteriosamente e, passadas 24 horas, é preso em Inglaterra e acusado de ser o responsável pelo crime.

Mais uma vez, Sara Blædel contempla-nos com uma história extraordinária onde a aventura, o suspense e o desespero são absolutamente reais. 

Nenhum leitor conseguirá ficar indiferente!"

Bom início de semana, leitores!

Esta semana quero muito pôr as minhas opiniões em dia (tenho três, a caminho de quatro), portanto o post de hoje vai ter como assunto principal umas das minhas primeiras leituras deste mês: A Mulher Desaparecida de  Sara Blaedel. Este já é o terceiro livro da autora publicado em Portugal e o último da trilogia Pessoas Desaparecidas.

Se houve algo de que gostei mais neste livro em relação aos anteriores foi o ênfase dado às personagens e às suas vidas em relação ao trabalho policial. Quer em As Raparigas Esquecidas quer em O Trilho da Morte, a história centrava-se essencialmente no trabalho desenvolvido pela força policial para descobrir o culpado, no entanto em A Mulher Desaparecida assistimos maioritariamente ao impacto que o desaparecimento de Sofie Parker tem na vida das personagens principais, especialmente Louise e Eik (que agora vivem juntos).

Para além disso, achei também muito interessante a referência ao tema controverso que é a eutanásia. Sem dúvida, que tendo em conta tudo o que é escrito ao longo do livro, podemos concluir que a autora fez uma pesquisa profunda e que conseguiu muito bem retratar as diferentes formas como as pessoas encaram o chamado "suicídio assistido".

Um outro aspeto bastante positivo é a fluidez de escrita de Sara, o que transforma a nossa leitura numa verdadeira corrida de Fórmula 1: verdadeiramente imparável e que nos deixa ansiosos para saber qual será o final.

Com este livro, Sara Blaedel voltou a surpreender-me! Não admira que seja conhecida por "A Rainha do Crime Dinamarquês"! As personagens vivem os mesmos dilemas do dia-a-dia que os leitores, o que as torna muito mais realistas. 

Agora que Louise Rick foi promovida, espero que a Topseller continue a acampanhar a sua história nos Homicídios num futuro próximo, bem como a nova série da autora, The Undertaker's Daughter, que vai ser publicada nos EUA em Fevereiro do próximo ano.

Para todos os fãs de policiais, não posso deixar de recomendar A Mulher Desaparecida, que acabou por se tornar o meu preferido da autora e que é mais um exemplo de um excelente policial nórdico!

Classificação: 5/5