02/06/17

Opinião: "As Águas da Eterna Juventude" de Donna Leon

"Em As Águas da Eterna Juventude, vigésimo quinto livro da série Guido Brunetti, o comissário vê-se envolvido num caso que pode não ser um crime.

Brunetti encontra-se a investigar um processo arquivado a pedido da Contessa Lando-Continui, uma amiga da sogra da sua mãe. Há cerca de quinze anos Manuela, a neta da Contessa, foi encontrada num canal. Apesar de ter sido resgatada no último momento, era já demasiado tarde — sofreu graves danos cerebrais e a sua vida nunca foi a mesma. Em tempos uma cavaleira apaixonada, Manuela, agora com trinta anos, não se recorda do acidente, vivendo prisioneira de uma juventude eterna.

A Contessa, que não está convencida de que se tratou de um acidente, implora Brunetti para que encontre o culpado. Preso numa mistura de curiosidade, pena, e um estranho desejo de ajudar uma pessoa tão amável, Brunetti decide reabrir o caso. Mas assim que começa a investigação, depara-se com um passado turvo.

As Águas da Eterna Juventude está repleto dos ritmos e preocupações da vida Veneziana contemporânea, como a preservação histórica, o alojamento e as novas ondas de migrantes Africanos, que rodeiam a história de uma mulher presa a uma juventude eterna."

Olá, sexta-feira!! Espero que tragas um fim de semana cheio de boas leituras!!

Para começar, deixo-vos aqui a opinião da minha última leitura: As Águas da Eterna Juventude de Donna Leon, que terminei ontem à noite.

Esta foi uma leitura bastante complicada que durou quase duas semanas... A culpa não foi necessariamente só da escrita da autora, uma vez que o facto de ter estado em testes nestas última semanas não me deixou grande tempo para ler, mas a verdade é que o livro em si também não ajudava.

A premissa de um caso que poderia não ser um crime, mas que deixou mazelas irreparáveis numa mulher parece um bom começo, no entanto penso que a autora andou demasiado tempo à volta deste "e se" em vez de aproveitar para desenvolver esta possibilidade como deve ser e dar oportunidade ao leitor de criar as suas suspeitas em vez de atirar com um culpado nas últimas páginas do livro.

Verdade seja dita, apenas a 100 páginas do fim ocorre um crime e o culpado é "atirado" ao leitor a pouco menos de vinte páginas de terminar. Também os capítulos são enormes (cerca de 10 páginas cada um) e com poucas interrupções, o que torna a leitura maçuda e pouco convidativa.

No entanto, nem tudo é mau! O facto de ser o vigésimo quinto livro da série não afeta nada a leitura, pois quando estamos a ler somos constantemente apresentados a novas descrições das personagens, o que nos faz sentir que este é o primeiro livro da série. As personagens são também realistas e através delas ficamos a conhecer os problemas que afligem a sociedade veneziana atualmente, nomeadamente o problema dos refugiados.

Quero agradecer mais uma vez à Relógio D'Água por me ter enviado este exemplar!

Classificação: 3/5

Uma leitura com o apoio da

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