24/06/17

Opinião: "Desaparecidos" de Caroline Eriksson

"Ninguém mente. Ninguém diz a verdade. Todos têm segredos.

Em torno dela, apenas silêncio. Greta acorda e percebe que Alex e Smilla ainda não voltaram. Saíram do barco para um passeio na ilha no meio do lago Maran, enquanto ela permaneceu a bordo, a descansar. Mas agora o sol está a desaparecer por detrás das árvores, desenhando línguas vermelhas no céu. A água, fria e imóvel como uma pedra. E Greta não sente nem a voz reconfortante de Alex nem o riso alegre de Simlla. Vai para terra procurá-los, mas rapidamente percebe que eles não estão na pequena ilha. Desapareceram. Greta regressa a casa, à beira do lago, onde a família está a desfrutar de alguns dias de férias. Também não estão lá. E as chamadas para o telemóvel de Alex vão sempre parar ao implacável atendedor. Mas Greta não pode ficar assim, sem fazer nada. Reúne toda a sua coragem e vai à polícia denunciar o desaparecimento do marido e da filha. Na esquadra da pequena vila mais próxima, Greta encontra um jovem agente. O polícia ouve a sua história e, após fazer algumas verificações no computador, diz-lhe que não é casada e que nunca teve filhos...Mas quem são então Alex e Smilla? Porque desapareceram? E o que esconde Greta? Qual é a sua história? Está a mentir ou é ela a única a dizer a verdade? O marido e filha desapareceram. Mas ela não é casada e nunca teve filhos…."

Wook.pt - Desaparecidos
Boa fim de semana, livrólicos!! Como  estão a correr as vossas leituras??

Hoje trago-vos a minha opinião sobre o livro que terminei no fim de semana passado: Desaparecidos de Caroline Eriksson, que foi uma das novidades da Suma de Letras para a Páscoa.

A sinopse foi o que me cativou imediatamente a atenção. Afinal, o que é que se passava? Greta é ou não casada e tem ou não filhos? O facto de sermos logo introduzidos na ação, em vez de andarmos ali à roda à espera que algo aconteça, também foi algo que me agradou bastante.

No entanto, tenho de admitir que o livro acabou por me desiludir bastante. Sentia que Greta tinha um comportamento ainda mais irracional do que o que seria de esperar. Para além disso, parece desde o início ser mais um daqueles narradores em quem não podemos confiar.

Intercalada com a história do presente, Greta vai-nos contando partes do seu passado, que nos levam facilmente à conclusão de que esta protagonista tem um trauma psicológico relacionada com este seu passado.

Um aspeto positivo foi sem dúvida o clima claustrofóbico com que somos presenteados, perfeito para este género de livros. A ação da história desenrola-se numa pequena ilha rodeada por um lago a que os habitantes dão o nome de Lago Maldito e numa pequena aldeia de verão que no tempo da história se encontra praticamente vazia, uma vez que a época balnear já terminou.

Apesar da premissa interessante com que o livro começa, a verdade é que esta, na minha opinião, é perdida a meio caminho. Tenho de admitir que a única razão que me fez continuar a ler este livro foi querer saber o que é que realmente tinha acontecido aos supostos marido e filha de Greta.

Para além disso, o final foi, na minha opinião, um pouco anti-clímax. Do género, a sério?! Foi isto que aconteceu??

Como podem ver, este livro acabou por defraudar um pouco as minhas expectativas. No entanto, já antes tinha tido oportunidade de ler as opiniões de outros bloggers portugueses que foram bastante positivas. Assim, caso sejam fãs de thrillers psicológicos e de suspense, não deixem de dar uma oportunidade a este livro!

Classificação: 3/5

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