25/08/17

Opinião: "Os Falsários" de Bradford Morrow

"Na tradição dos policiais de Agatha Christie e Arthur Conan Doyle, um romance misterioso e profundo sobre o fascínio do colecionismo e o lado sombrio do comércio de livros raros.

O que acontece quando mentimos tão bem que perdemos a noção do que é real? Numa prosa magnificamente cuidada, Bradford Morrow traça uma linha débil entre o devaneio e a intuição, a memória e a ficção autoilusória, entre o amor verdadeiro e o falso.

Uma comunidade bibliófila é abalada com a notícia de que Adam, um colecionador de livros raros, foi atacado e as suas mãos decepadas. Sem suspeitos, a polícia não consegue avançar no caso, e a irmã procura desesperadamente uma pista.

Ao longo das páginas repletas de mistério e simbologias, escritores famosos e citações brilhantes, Will, cunhado e colega de profissão de Adam Diehl, tenta obter uma resposta e, ao mesmo tempo, escapar às ameaças do misterioso «Henry James». Consciente do simbolismo do caso, ele sabe que um homem sem mãos se vê privado do instrumento mais precioso quando se trata de imitar a caligrafia de William Faulkner, James Joyce, Conan Doyle e outros que tais. Na verdade, Will, ele próprio genial falsário, talvez saiba demais."

Wook.pt - Os Falsários
Boa sexta-feira a todos!! Como estão a correr as vossas leituras??

A opinião de hoje centra-se numa novidade do Clube do Autor, nas livrarias desde ontem: Os Falsários de Bradford Morrow.

Tenho de admitir que fiquei curiosa acerca deste livro mal li a sinopse! Acho que falo por todos nós, livrólicos, quando digo que o mundo dos livros raros e das falsificações é algo que nos interessa bastante (os livros raros muito mais do que as falsificações, como é óbvio), por isso quando vi que este livro juntava essa área um pouco mais sombria do mundo dos livros com a tradição policial de Conan Doyle e Agatha Christie, soube que o tinha de ler imediatamente! Infelizmente, estava à espera de mais e Os Falsários acabou por me desiludir um pouco.

O que mais me chamou a atenção negativamente foi a escrita do autor. Não é que seja propriamente uma escrita complicada. Eu diria que é antes uma escrita elaborada e, não sei se é de mim ou se é mesmo do autor, mas, em certos momentos, senti alguma dificuldade em acompanhar a leitura

Para além disso, os capítulos são também grandinhos, se bem que houve alturas em que me senti curiosa o suficiente acerca do que se estava a passar para que o tamanho dos capítulos passasse para segundo plano

O que mais me cativou foi, sem dúvida, a descrição do mundo dos livros raros em Nova Iorque (e internacionalmente, mas com um foco no núcleo de Will, o narrador)

Para além disso, estava à espera de um pouco mais de investigação policial relativamente ao homicídio do irmão de Meghan, a mulher do narrador, e o ponto de partida da ação. No entanto, tenho de admitir que o final me surpreendeu; e muito! Não estava nada à espera do que acontece no final, apesar de terem sido deixadas algumas pistas ao longo do livro (mas suponho que não tenha prestado assim tanta atenção ou, então, preferi ignorá-las em detrimento do que achava ser mais importante).

Classificação: 3,5/5

Uma leitura com apoio 

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