18/06/19

Opinião: "A Distância entre nós" de Rachael Lippincott com Mikki Daughtry e Tobias Iaconis

"Stella Grant gosta de sentir que está tudo sob controlo - embora os seus problemas pulmonares a obriguem a permanecer no hospital durante a maior parte da sua vida. Ela sofre de fibrose quística, uma doença que impede os pulmões de funcionarem normalmente. De momento, o que a jovem Stella tem de controlar, com a máxima atenção, é a distância que a separa de uma pessoa ou de uma coisa de forma a prevenir infeções que ponham em risco a possibilidade de um transplante pulmonar. Ela tem de se manter a um metro e oitenta - três passos - de distância dos outros. É o limite.

A única coisa que Will Newman quer ter sob controlo é a sua saída do hospital. Ele não quer saber de tratamentos nem de novos testes clínicos. Dentro de dias fará dezoito anos e poderá, ele próprio, desligar-se de todas estas máquinas, e partir para conhecer o mundo que há para lá dos hospitais. 

Will é exactamente alguém de quem Stella deve manter-se à distância. Mas, de súbito, um metro e oitenta não é uma distância segura. Parece castigo. E se eles pudessem recuperar um pouco do espaço que os pulmões de ambos lhes roubaram Será o espaço de um metro e oitenta entre eles tão perigoso assim já que a essa distância os seus corações pulam de alegria."

Boa tarde, leitores!

Hoje venho partilhar convosco uma leitura recente que fiz e que me marcou imenso: A Distância entre nós de Rachael Lippincott com Mikki Daughtry e Tobias Iaconis, um livro da Editorial Presença.

A primeira vez que ouvi falar deste livro foi quando fui ao cinema e vi o trailer e a primeira coisa em que pensei foi que se parecia imenso com o livro A Culpa é das Estrelas do John Green: muito dentro do género de dois adolescentes doentes que se apaixonam um pelo outro. Mas a verdade é que assim que comecei a ler percebi que não tinha nada a ver; não é que seja melhor ou pior, é simplesmente bastante diferente.

Primeiro, porque este livro aborda uma doença que eu, pelo menos, pouco ou nada conhecia e que me parece que é muito pouco abordada: a fibrosa quística. A questão com esta doença é que os doentes não se podem aproximar uns dos outros (têm de estar a pelo menos 1,80 metro de distância), por isso podem imaginar o complicado que é quando duas pessoas com esta doença se apaixonam uma pela outra.

Outra coisa que acho que foi muito bem conseguida foi o facto de toda a ação se desenrolar num hospital. O facto de ser só num sítio podia ser algo que tornasse a história aborrecida, mas os autores conseguiram com que o hospital se tornasse quase numa personagem dentro desta história e conseguiram-no de forma muito bem feita!

Acho que o livro está muito bem escrito e bastante fora daquilo a que estamos habituados dentro do género Young adult. É a leitura ideal agora para aproveitar no verão até porque a escrita é bastante fluida e lê-se com muita facilidade!

Classificação: 4/5

Uma leitura com apoio da
presença

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