25/03/17

Opinião: "A Viúva" de Fiona Barton

"A MULHER
A existência de Jean Taylor era de uma banalidade abençoada. Uma boa casa, um bom marido. Glen era tudo o que sempre desejara na vida: o seu Príncipe Encantado. Até que tudo mudou.

O MARIDO
Os jornais inventaram um novo nome para Glen: monstro, era o que gritavam e lhe chamavam. Jean estava casada com um homem acusado de algo impossível de imaginar. E à medida que os anos foram passando sem qualquer sinal da menina que alegadamente raptara, a vida de ambos foi sendo escrutinada nas primeiras páginas dos jornais.

A VIÚVA
Agora, Glen está morto e pela primeira vez Jean está só, livre para contar a sua versão da história.

Jean Taylor prepara-se para nos contar o que sabe."

Boa tarde!! Graças a Deus, que já é fim-de-semana (apesar de ainda ter de estudar para filosofia e físico-química...!!

Hoje, venho trazer-vos mais uma opinião, desta vez também de um policial/thriller psicológico!! :)

Eu já tinha começado a ler A Viúva antes dos últimos dois livros que li, mas depois acabei por o deixar a meio. Este foi um livro bastante badalado no verão do ano passado (aliás, eu comprei-o na FLL de 2016! Hahaha!), por isso achei que estava na altura de pegar nele.

A história em si não me surpreendeu. Penso que, ultimamente, os escritores deste género se têm encostado a uma "receita" que sabem ser de sucesso e que dá lucro, mas sem variarem muito o plot.

Apesar de tudo, A Viúva consegue ser diferente e em vez de ter apenas um narrador, temos três (cinco, se considerarmos dois breves relatos), se bem que também neste livro existe aquele narrador em quem não podemos confiar, pois é sempre muito vago e ficamos sempre na incerteza sobre se teve alguma coisa a ver com o crime ou não.

Apesar de ter gostado desta alteração com o número de narradores, achei que o reduzido número de personagens presumivelmente culpadas tornou fácil chegar à conclusão de quem seria o culpado. 

No entanto, houve algo de que gostei bastante neste livro, que normalmente não me costuma agradar muito: as "viagens no tempo". O facto de à medida que a história se desenrolava no presente sermos também informados sobre o que se tinha passado no passado, apenas contribuiu para que ficássemos a conhecer melhor a história e não confunde nada os leitores (ao contrário do que normalmente acontece).

Outro pormenor que me agradou foi o facto de quer o trabalho policial quer o trabalho jornalístico terem sido descritos com bastante rigor. Decerto que se relaciona com a própria autora, Fiona Barton, e o seu trabalho como jornalista, mas não deixa de dar um certo toque de autenticidade à história.

Apesar de ser um livro com um tema interessante, este é também um tema recorrente em diversos livros no género, pelo que não torna difícil ao leitor adivinhar o desfecho. Não deixa, no entanto, de ser uma boa leitura para os amantes de thrilers psicológicos!

Classificação: 4/5

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