Opinião: "Águas Profundas" de Robert Bryndza

"Debaixo de água, o corpo afundou-se rapidamente. Ali permaneceu, imóvel e imperturbável durante muitos anos, mas, lá em cima, fora de água, o pesadelo estava apenas a começar.

Quando a detetive Erika Foster recebe uma denúncia anónima informando que uma prova fundamental relacionada com um caso de narcóticos estava escondida numa pedreira abandonada nos arredores de Londres, ela manda investigar a pista. No espesso lodo das águas encontram as drogas que procuravam, mas também os restos mortais de uma criança pequena. O esqueleto é rapidamente identificado como Jessica Collins, a menina de sete anos que fizera as manchetes das notícias vinte e seis anos antes.

Ao mesmo tempo que tenta juntar provas novas à investigação, Erika depara-se com uma família que guarda muitos segredos, uma detetive atormentada pelo fracasso e a morte misteriosa de um homem que vivia junto à pedreira. 

Será o assassino alguém dos elementos mais próximos da menina? Há quem não deseje ver o caso resolvido. E tudo fará para impedir Erika de descobrir a verdade."

Boa tarde, leitores, e boa sexta-feira a todos!!

A opinião de hoje centra-se num livro hoje publicado pela Alma dos Livros: o terceiro livro da série da detetive Erika Foster, Águas Profundas, de Robert Bryndza. 

Primeiro que tudo, tenho de dar os meus parabéns à editora por publicar vários volumes desta fantástica série em tão pouco tempo (A Rapariga do Gelo, o primeiro, foi publicado em junho do ano passado e A Sombra da Noite em novembro)! 

Mais uma vez, temos um homicídio para resolver a encargo de Erika Foster que data de há 26 anos atrás e que deixou muitas pontas soltas por atar.

Tenho de admitir que, para mim, este livro ficou um bocadinho atrás do anterior, no sentido em que esperava ver mais da vida pessoal de Erika (nomeadamente a amorosa ;) ) desenvolvida. Mas esta é o meu lado romântico a falar, e tendo em conta que este é um policial, acho que posso deixar isso passar. Hihihi.

Gostei bastante de ver a dinâmica não só da equipa responsável por resolver o crime, mas de todos os que estavam relacionados com ele e/ou com a vítima, desde a família a amigos e a antigos inspetores da polícia. Apesar de não ser um enredo tão emocionante como o do livro anterior, achei também interessante a forma como conseguiram desvendar os mistérios e os segredos ocultos pela família Collins desde há 26 anos.

São muitos os segredos que esta família esconde e ainda mais aqueles que têm algo a perder com o desvendar deste desaparecimento, e Erika vai ter de ultrapassar bastante obstáculos para conseguir chegar a um desfecho. Desfecho esse bastante surpreendente e inesperado!

Sem dúvida, que este terceiro livro volta a mostrar que esta é uma série policial a não perder de vista e que, de certeza, vai agradar a todos os amantes do género!

Classificação: 4,5/5

Uma leitura com apoio da