Opinião: "Talento para Matar" de Andrew Wilson
"Agatha Christie encontra-se em Londres para reunir com o seu agente literário. Está perturbada ao subir para o comboio, pois descobriu recentemente que o marido lhe é infiel. Um toque nas costas fá-la desequilibrar-se, mas é rapidamente ajudada por alguém. Porém, não se trata de um anjo da guarda mas sim de um chantagista manipulador da pior espécie… e os acontecimentos que se seguem são verdadeiramente aterradores. Escrever sobre homicídios é bem diferente de cometê-los, e Agatha Christie terá de recorrer ao seu aguçado engenho para impedir que o seu adversário consiga o que pretende: que ela cometa um crime por ele.
No dia 3 de dezembro de 1926, Agatha Christie desapareceu, reaparecendo apenas dez dias depois. A Rainha do Crime recusou falar sobre isso e o mistério nunca foi desvendado. Até aos dias de hoje ninguém sabe o que - ou melhor, quem - terá sido a causa do seu desaparecimento…
Cruzando ficção e realidade, Andrew Wilson inspirou-se nesse enigma da vida real e transformou-o num empolgante e negro policial. Em Talento Para Matar, Agatha Christie passa de autora a protagonista de um mistério que em nada fica atrás da sua melhor ficção."
No dia 3 de dezembro de 1926, Agatha Christie desapareceu, reaparecendo apenas dez dias depois. A Rainha do Crime recusou falar sobre isso e o mistério nunca foi desvendado. Até aos dias de hoje ninguém sabe o que - ou melhor, quem - terá sido a causa do seu desaparecimento…
Cruzando ficção e realidade, Andrew Wilson inspirou-se nesse enigma da vida real e transformou-o num empolgante e negro policial. Em Talento Para Matar, Agatha Christie passa de autora a protagonista de um mistério que em nada fica atrás da sua melhor ficção."
Boa tarde, leitores!!
Hoje trago-vos a minha opinião acerca de um livro que me deixou curiosa desde o momento em que foi publicado lá fora: Talento para Matar de Andrew Wilson, uma novidade das Edições ASA.
Desta vez, temos a famosa Rainha do Crime, Agatha Christie, como protagonista de um mistério em vez de autora de um. Aliás, o que mais me chamou a atenção neste livro foi o facto de ser inspirado em factos verídicos, visto que Agatha Christie desapareceu efetivamente durante onze dias em dezembro 1926.
O mistério presente neste livro é, obviamente (ou será que não?), ficção, mas não fica nada afastado dos brilhantes mistérios escritos pela Rainha do Crime. A escrita é fantástica e lê-se muitíssimo bem, apesar dos longos capítulos.
Também gostei bastante da forma como o autor pegou em factos reais e os conseguiu transformar de modo a inseri-los nesta ficção, a qual é digna de Christie. Afinal de contas, um plot em que a personagem principal é emboscada por um estranho que lhe faz chantagem para cometer um crime parece algo saído dos livros a que autora nos habituou, não é verdade?
A mistura entre factos e ficção foi também muito bem conseguida em relação às personagens! Gostei bastante de ver o diferente rol de personagens que acabaram envolvidas, ou pelo menos relacionadas, neste desaparecimento e a forma como o autor conseguiu criar um background e um papel na história baseado nos factos que tinha.
É claro que não posso deixar de mencionar o inteligente plano arranjado por Agatha para conseguir resolver o seu dilema. Tenho de admitir que fiquei na dúvida em relação a qual seria o desfecho que a escritora iria dar ao plano arquitetado pelo seu chantagista, mas o final, sem dúvida, que não desilude!
Deste modo, resta-me apenas recomendar este livro a todos os fãs do género policial/mistério e fãs de Agatha Christie e também àqueles que se interessam por aquilo que se pode ter passado neste negros onze dias de novembro, sobre os quais a autora nunca falou.
Classificação: 4,5/5
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